Pedro Braz assumiu em Março de 2015 a direção geral da Turiscar.
Na conversa conjunta com Abílio Lobato dos Santos, sócio-fundador da Turiscar, o antigo CEO da Mercedes-Benz em Portugal garantiu que, sob a sua liderança, a Turiscar vai continuar a assegurar o melhor serviço às empresas suas parceiras, mas estar também atenta a oportunidades de negócio que acompanhem novas tendências e necessidades do mercado.
Somente uma pequena parte da atividade desta firma de aluguer de carros sem condutor é destinada a clientes particulares. E o turismo não é e – asseguram ambos – vai continuar a não ser a área principal da sua atividade da empresa.
Na verdade, o aluguer profissional representa 95% do negócio da rent-a-car, entre serviços prestados a gestoras, seguradoras e empresas de assistência em viagem, por exemplo.
“Somos uma empresa claramente voltada para o sector corporate, para prestar serviços às empresas, e queremos continuar a ser uma referência nesta área”. A promessa é deixada por Pedro Braz na presença do responsável pela criação e direção da empresa durante grande parte dos 25 anos da sua existência.
A passagem de testemunho ao homem que foi diretor da Mercedes-Benz em Portugal durante 11 anos é deste modo justificada:
“Há um quarto de século percebi, claramente, que o caminho a seguir era o da especialização. Continuo a pensar que ela é fundamental, juntamente com a qualidade do serviço. Estes são os pilares fundamentais do nosso êxito e de sermos reconhecidos no mercado como a melhor prestadora de serviços na nossa área de negócio.”
Frota constante ao longo do ano
O parque da Turiscar é composto por cerca de 2000 viaturas, 80% das quais são ligeiras de passageiros.
As restantes são essencialmente comerciais ligeiros, do tipo furgão, com capacidades variáveis que se estendem até aos 15 m3.
A frota não sofre grandes variações ao longo do ano.
Pedro Braz explica as razões: “a Turiscar não é uma empresa de sazonalidade como a generalidade da RaC orientadas para o turismo. Tem que manter uma frota sempre disponível, porque as necessidades das empresas permanecem ao longo do ano.”
Mesmo durante o verão, período que geralmente corresponde a uma redução da atividade de muitas empresas.
“Há sempre necessidades pontuais”, justifica Pedro Braz. “A procura é contrabalançada pelas empresas de assistência em viagem e seguradoras, que requerem mais serviços nessa altura.”
As gestoras de frota são também as grandes parceiras do negócio da Turiscar, “mas entre os nossos clientes contamos também com algumas multinacionais e grandes grupos nacionais”, acrescentaa Abílio dos Santos.
“Esta é a razão de as nossas 21 estações se localizarem junto dos grandes centros económicos ou empresariais”, justifica o fundador da empresa. “De Lisboa ao Minho, cada estação tem um mix de viaturas ajustada às necessidades da zona e, se somos líderes neste segmento, podemos dizer que é devido à nossa preocupação constante em ir ao encontro do que os nossos clientes procuram, mantendo sempre um nível de qualidade elevado.”
Turislease: aluguer especializado para empresas
Um dos serviços da Turiscar é claramente orientado para as empresas. O Turislease é um programa de aluguer para períodos superiores a 30 dias com condições muito próprias de quilometragem, manutenção e pneus.
“Foi criado precisamente para mostrar ao mercado que estamos disponíveis e temos condições para entrar no aluguer de média duração”, explica Abílio dos Santos. “A nossa principal vantagem é a flexibilidade dos prazos que podem ser de apenas um mês mas com custos naturalmente mais reduzidos consoante o período do aluguer.”
Estrutura rentabilizada
Abílio dos Santos revela ainda que sempre teve uma visão integradora da empresa, de modo a garantir o melhor retorno para o negócio.
“Conseguimos isso rentabilizando a estrutura de custos e otimizando-a em função da ocupação da frota. Daí termos dois grandes centros de assistência em Lisboa e no Porto e uma rede de prestadores de serviços que cobre a área geográfica das cidades em que estamos presentes.”
Nos grandes centros, a Turiscar tem condições para efetuar pequenas manutenções e serviços de assistência rápida. Isso permite à empresa programar e fazer um melhor aproveitamento da frota, reduzindo o tempo necessário de cada intervenção.
Essa mesma visão integradora levou a Turiscar a enveredar pela venda de viaturas usadas.
“Estamos sempre atentos a novas oportunidades de negócio”, explica Pedro Braz. “Por isso entendemos que a venda de usados também faz parte intrínseca do nosso negócio. Geralmente compramos a pronto, o que significa que podemos desta maneira escoar as melhores viaturas no final do período da sua exploração, que habitualmente ocorre entre os 18 e os 24 meses”
“Temos condições para recondicionar as viaturas e prestar a melhor assistência aos nossos clientes. E só selecionamos para venda direta as viaturas que nos dão grande margem de segurança e nos oferecem garantias”, garante o novo diretor-geral da Turiscar.
