A necessidade de reforçar a presença numa categoria tão exigente como aquela em que o 508 compete levou a Peugeot a evoluir o seu representante mais executivo. É que o segmento D representa cerca de um milhão e meio de veículos/ano e, embora a classe continue dominada pelas marcas “premium”, os construtores mais generalistas representam já quase metade das matrículas europeias.

Para distinguir gerações, porque o essencial das linhas foi conservado, o renovado 508 apresenta-se com uma nova grelha, mais vertical e com a sua marca (o leão) em clara evidência, capaz de lhe conferir uma pose mais institucional mas que obrigou também a redesenhar o capot.

Subtilmente e de forma eficaz, o 508 ganhou um porte mais altivo. A Peugeot garante também ter reforçado a sua qualidade de construção e, acompanhando as novas exigências multimédia, dotou-o de mais equipamento, entre o qual um ecrã táctil de 7”, que constitui a principal novidade do interior.

Feitas as apresentações das novidades vamos então ao que interessa.

Custos de manutenção

A remodelação encetada ao modelo mais “empresarial” do construtor francês quis aproximá-lo das propostas “premium” que dominam a classe. Será que conseguiu?

Por razões sobejamente conhecidas, a oferta mais interessante para Portugal continua a ser o 508 1.6 HDI, que a marca apresenta como tendo agora 120 cv, mas onde o mais importante são mesmo as emissões CO2 de apenas 99 g/km.

Com este motor, o 508 é naturalmente menos espontâneo do que a unidade 2.0 BlueHDi de 150 cv, mais orientado, portanto, para uma utilização familiar ou executiva. O conjunto ajusta-se bem a esses propósitos e, no que às empresas diz respeito, parece corresponder às suas necessidades: a economia do valor de aquisição, dos custos fiscais e de pneus, aliadas à natural moderação de consumos deste motor, podem resultar em rendas bastante competitivas.

Exemplo disso é a campanha de AOV que o próprio importador faz para contratos de 48 meses/80.000 kms: 370 euros para a versão de entrada – Access – com o pack “Business”, que acrescenta ajuda ao estacionamento traseiro, jantes em liga de 16”, ar condicionado automático e “touchscreen” de 7″ com Bluetooth.

Esta oferta inclui ainda um ano de seguro de danos próprios.

Para quem estabelece rendas, o aspeto menos competitivo desta versão pode estar nos intervalos de manutenção, cada 20.000 km/2 anos, enquanto no motor 2.0 HDi (e em alguma da concorrência) é de 30.000 km. Já o custo dos pneus de 16” da versão de entrada Access assumem uma vantagem importante.

O que esperar do conjunto?

peugeot 508 pack businessEm termos dinâmicos, o Peugeot 508 vai certamente satisfazer quem gosta de um carro ágil e com uma atitude mais desportiva. Embora o motor 1.6 HDI não esteja vocacionado para grandes rasgos dinâmicos – e o peso do 508 não é uma ajuda -, a atitude da suspensão acaba por lhe permitir um desempenho e um toque de condução assaz interessante em estradas sinuosas.

Claro que isto tem um reverso da medalha: em piso menos bom nota-se uma menor suavidade no habitáculo e a insonorização reflete também a maior aspereza da suspensão.

O que não significa que o 508 seja um carro desconfortável, até porque a constituição bastante boa dos bancos consegue atenuar grande parte das vibrações. Simplesmente não acompanha o pisar mais refinado e macio de propostas mais recentes da concorrência.

Muito preciso a curvar e sem grandes oscilações da massa traseira, até mesmo na versão carrinha, o Peugeot 508 revela uma suspensão equilibrada, independentemente da carga transportada. Ao contrário do que sucede com outras propostas neste segmento, a suspensão traseira multi-link da 508 SW não é auto-regulável.

O que continua a surpreender – e ainda bem – é a extraordinária frugalidade dos consumos. Este é, sem dúvida, um dos melhores trunfos do 508, com a vantagem acrescida de isso lhe ter proporcionado uma homologação abaixo das 100 g/km. Numa condução fluída e descontraída, sem recurso constante à caixa manual de seis velocidades, a média facilmente se estabelece nos 5 litros ou até menos.

Vantagens de espaço

peugeot 508 pack businessNão falta realmente espaço ao 508. Sobretudo ao 508 SW com quase 5 metros de comprimento. Curiosamente, berlina e carrinha oferecem praticamente a mesma capacidade de mala: cerca de 515 litros quando transporta apenas kit anti-furo, ganhando a versão mais familiar na versatilidade conferida por um melhor acesso e pelo rebatimento dos bancos.

Conservando um painel de bordo com uma instrumentação mais clássica, o que talvez agrade a clientes mais executivos, o equipamento ficou mais rico. No centro do tablier surge agora um ecrã de 7’’, que só não está presente no nível de entrada, mas que faz parte do pack “Business”.

A partir deste painel passa a ser possível controlar diversas funções: climatização, computador de bordo, nova tecnologia multimédia e de navegação, além do sistema mãos livres do telefone. É também possível ter acesso a alguns dados de condução do veículo, sendo também aqui projetadas as imagens provenientes da câmara de visão traseira. Que tem uma utilidade escassa à noite, uma vez que, ao contrário do que acontece durante o dia, as imagens recebidas em situações de pouca luz são de fraca qualidade.

Outra importante ajuda à condução que o renovado 508 recebeu foi o detetor de objetos no ângulo morto do espelho.

34.243 Euros*
548,57 €/mês (36m)*
523,90 €/mês (48m)*
3,8 l/100Km
99 gCO2/km*
4/1.560 cc
120/3.500 cv/rpm
300/1750 Nm/rpm